terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

o homem que transpirava dentro da caixa


vives aí.
eu, desistia de te ver, nunca te veria afinal. assim, com suave carícia, entregava-me ao cerrar de meus olhos e sentia-te o cheiro. és de belo inalar, pequeno homem da caixa. de ombros a préstimo, pouco denunciantes até, para o que quer parecer-se. iguais ao prenúncio cadastrado nos sentidos do sentir. 
enrolas na caixa, tabaco tocado, num deslumbre que existe entre mortalhas, em ânsia de sucumbir o belo, o esguio, o esbelto parecer.  

vives daí.
eu, desistiria de te conhecer, nunca te conheceria afinal. assim, não arriscarei em perder-te, não te roubarei ao sabor em meu sonho de te imaginar. és de belo aparente, meu desejo te ter, pequeno homem da caixa. de olhar escondido, de cor escura em efeitos, raiados a web, fechados a preceito. 

vives na caixa meu amor.

"Procuro tentar entender aquilo que nem mesmo eu sei explicar. Esta luz que me invade aos poucos, talvez, quem sabe, possa me ajudar ... Ou até mesmo possa explicar o que acontece por aqui..."


(desfio para My skin n Under)

6 comentários:

Anónimo disse...

AHAHAH
Ups!
eheheheh
Ups!

;)

Patife disse...

Intenso, pá. ;)

Baby suicida disse...

Bem vindo Patife!

Vou lá dar-te um olá no... patife :)


Apertos.

Anónimo disse...

Muito forte e muito bom
A foto e as palavras
Beijo Charmoso

Anónimo disse...

bom, muito muito bom!
e a imagem é de cortar a respiração, perfeita para estas palavras!

já vi esta "cena" da foto!

Baby suicida disse...

Mister e Duck, obrigada. Muito bom é ter-vos aqui!

Apertos amorosos